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Bruno Narchi e Diego Montez comentam novos desafios no musical ‘Cazuza’

Durante o mês de Fevereiro, uma importante mudança movimenta o musical ‘Cazuza – Pro Dia Nascer Feliz’. O ator e cantor Bruno Narchi, que normalmente interpreta o personagem Serginho, assume o papel principal no lugar de Emilio Dantas, que volta a partir de Março. E esse tipo de substituição não é novidade para o garoto. Aos 27 anos, Bruno possui um vasto currículo no meio musical e passou por situação similar ano passado, quando integrava o elenco de ‘Rock in Rio’ na temporada de São Paulo; Pelo menos uma vez por semana ele interpretava o protagonista Alef no lugar de Hugo Bonemer, que cumpria sua agenda de gravações da novela ‘Malhação’, na Rede Globo. Com muito carisma e talento, Bruno conquistava a platéia a cada sessão e agora repete o sucesso! Sobre esse novo processo ele conta:

“No final do ano passado a produção já sabia que o Emilio ia ficar fora durante esse mês de Fevereiro, então eles abriram audição para o personagem Cazuza e falaram para o elenco que, se alguém tivesse interesse, poderia fazer o teste. Se inscreveram pessoas do Rio e de São Paulo e eu fiz a audição junto com todo mundo e acabei pegando o papel! Foi por volta do dia 10 de Janeiro que eu fiquei sabendo disso e, a principio, eu já teria que estrear no dia 30, então foi tudo muito rápido. Por sorte, eu já tinha estudado antes de começar o musical, porque eu fiz minha primeira audição pra Cazuza, então já tinha ouvido muitas músicas, lido alguns livros e visto algumas coisas, mas depois eu acabei passando pra Serginho e isso tudo ficou arquivado. Agora que eu passei nessa nova audição, eu acabei resgatando tudo isso. Assisti ainda mais coisas, assisti documentários, dei uma olhada nos livros que eu tinha… Ensaiei alguns dias lá no teatro, comecei a decorar texto, decorar as músicas e fiz tudo isso em muito pouco tempo mesmo.”

Perguntado sobre os desafios e o feedback do público, Bruno responde:
“Acho que tem alguns desafios tanto pela comparação com o próprio Cazuza, que foi uma pessoa que existiu, que tinha seu tipo de voz, seu corpo, sua forma de agir, quanto pelas comparações com o Emilio, que vêm desenvolvendo um ótimo trabalho e que faz um Cazuza que todo mundo gosta muito. Mas acho que, mais do que essa comparação, existe a responsabilidade de você pegar o bastão e manter o espetáculo com o mesmo nível e com a mesma realidade. E existe sempre aquele nervosismo, o medo de esquecer alguma coisa.. Até por ter tido pouco tempo de preparação, no começo eu ainda não sabia se estava pronto ou não. Mas quando me falaram que eu ia entrar, no dia 7 de Fevereiro, eu tive um momento de calma, onde eu parei com todos esses medos e essas ansiedades. E quando começa a peça, o personagem Cazuza não sai do palco, então não sobra nem tempo pra pensar nisso. Você tem que ir lá e fazer acontecer! E graças a Deus ta dando tudo certo, eu tenho recebido um feedback muito bacana. A própria Lucinha, mãe do Cazuza, já foi me assistir duas vezes e o público no geral têm gostado bastante. A gente vai vendo a reação da plateia ao longo da peça e é muito legal! Tenho recebido mensagens muito boas de pessoas que conheceram, que assistiram e que são fãs, falando que se emocionaram, que relembraram, elogiando muito o meu trabalho… E eu sei que tudo isso é muito verdadeiro! Então eu acho que ta bem bacana mesmo.”

No início do ano outra mudança agitou o elenco, mas dessa vez foi definitiva. Bruno Sigrist deixou a peça para interpretar Olavinho no novo musical ‘Se Eu Fosse Você’, com estreia prevista para o final de Março no Rio de Janeiro, e Diego Montez assumiu o papel de Guto Goffi. Ele estreou no dia 23 de Janeiro e conta como foi sua preparação:

“Eu estava muito nervoso na minha audição para o musical. Sabia que substituir o Bruno Sigrist, principalmente na parte musical seria desafiador. Um artista incrível. Tinha certeza que seriam criteriosos com relação a isso; e foram. Cada um no espetáculo tem uma função muito especifica, e o diretor musical – Daniel Rocha – foi muito claro em especificar o que precisaria da pessoa que entrasse, para preencher todas as lacunas. Mas todos tentaram me acalmar o máximo possível para que pudesse mostrar o melhor de mim, dentro do que o nervosismo permitia. A energia durante o teste foi tão boa que a única coisa que eu pensava era: ‘eu quero muito trabalhar com essas pessoas’. Soube o resultado no mesmo dia. Mas a ficha só foi cair depois de receber o texto nas mãos. Fiquei muito feliz. Muito mesmo. De poder trabalhar com pessoas que sempre admirei, tanto na equipe criativa, quanto no talentoso elenco. Eu já conhecia e tinha amizade com grande parte, então foi ótimo poder receber ajuda e toques importantes de todos, além de uma recepção muito calorosa. Sou muito fã do elenco que faço parte. Sou um garoto de sorte. Tive duas semanas para pegar o espetáculo, e não sei como conseguiria sem o suporte total da Carina Gregório e do Daniel Rocha que se mostraram a disposição durante todo o período. Além de estudar pelo material que a produção providenciou, tive encontros com Marcelo Farias, que pacientemente trabalhava também comigo a parte musical, e com o João Fonseca, que dirigiu minhas cenas como Guto Goffi.”

Sobre os desafios e as coisas boas do musical, Diego responde:
“Acredito que o maior desafio é dar vida a uma personagem não ficcional. Assim que soube que interpretaria o Guto, fui atrás de todo e qualquer registro audiovisual onde pudesse observar um pouco do seu comportamento. Li os livros – tanto da Lucinha que inspirou a peça, quanto “Porque A gente É Assim” escrito pelo próprio Guto Goffi com Ezequiel Neves – e dividi com a direção, para retratar o mais próximo possível. Até porque – um detalhe importante – o Guto era o baterista do Barão, e eu nunca tinha tocado bateria na vida, rs. No dia seguinte a minha estréia, o Guto foi assistir. Eu tremia acho que mais que no dia anterior! Depois do espetáculo, ele foi até os bastidores, conversou comigo e com todos. Foi uma experiência e tanto! E a melhor parte de estar em um projeto como esse, é poder contar essa história, que acho extremamente relevante. Além da poesia e da música de Cazuza, é uma tocante história de amor, de todas as formas, mas principalmente do amor de uma mãe por seu filho. Eu me sinto honrado de poder participar de um espetáculo que passa essa mensagem.”